miércoles, diciembre 17, 2008

Restos do Carnaval

Restos do Carnaval (Clarice Lispector)

Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao carnaval. Até que viesse o outro ano. E quando a festa já ia se aproximando, como explicar a agitação que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.

No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem. Duas coisas preciosas eu ganhava então e economizava-as com avareza para durarem os três dias: um lança-perfume e um saco de confete. Ah, está se tornando difícil escrever. Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.

E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.

Não me fantasiavam: no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para carnaval de criança. Mas eu pedia a uma de minhas irmãs para enrolar aqueles meus cabelos lisos que me causavam tanto desgosto e tinha então a vaidade de possuir cabelos frisados pelo menos durante três dias por ano. Nesses três dias, ainda, minha irmã acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça - eu mal podia esperar pela saída de uma infância vulnerável - e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice.

Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino Rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com os quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira.Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga - talvez atendendo a meu mudo apelo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel - resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.

Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Nunca me sentira tão ocupada: minuciosamente, minha amiga e eu calculávamos tudo, embaixo da fantasia usaríamos combinação, pois se chovesse e a fantasia se derretesse pelo menos estaríamos de algum modo vestidas - à idéia de uma chuva que de repente nos deixasse, nos nossos pudores femininos de oito anos, de combinação na rua, morríamos previamente de vergonha - mas ah! Deus nos ajudaria! não choveria! Quando ao fato de minha fantasia só existir por causa das sobras de outra, engoli com alguma dor meu orgulho que sempre fora feroz, e aceitei humilde o que o destino me dava de esmola.Mas por que exatamente aquele carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico? De manhã cedo no domingo eu já estava de cabelos enrolados para que até de tarde o frisado pegasse bem. Mas os minutos não passavam, de tanta ansiedade. Enfim, enfim! Chegaram três horas da tarde: com cuidado para não rasgar o papel, eu me vesti de rosa.Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso. Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge - minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa - mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil - fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval. A alegria dos outros me espantava.Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido, sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.

Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos já lisos de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa.

in "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998

sábado, diciembre 06, 2008

Escape de Redención

La mañana se presentaba tibia. Los autos pasaban raudamente por la autopista mientras mi colectivo quedaba cada vez más atrás. Atrás. Atrás dejaba un pasado manchado, una familia que me rechazó y la nostalgia de lo que nunca volverá a ser.
Mientras ella preparaba el desayuno, él miraba la televisión de reojo. Alternaba una página del diario con algún comentario idiota sobre lo que estaban emitiendo. Y yo estaba allí, contemplando esa escena con ojos llenos de furia, con un fuego contenido en el alma que no se animaba a salir.
Fue entonces cuando ella me dijo que me acercara para ayudarla a preparar las milanesas.
Tomé la cuchilla y la clavé en la mesa. Él levantó los ojos y me rogó que no lo hiciera. De sus ojos brotaban lágrimas sinceras, pero ya era tarde. Arranqué con mis manos temblorosas el cuchillo que aún rajaba la tabla y lo tomé con fuerza. Admito que por un segundo dudé, pero pronto tales sentimientos se disiparon. Mientras su mirada pusilánime se clavaba en la mía, un arranque de furia me tomó por completo y lo hice.
Ella lloraba y no cesaba de gritar. "Cobarde! Cobarde! Mirá lo que hiciste!".
Corrí al cuarto de la pareja y me largué a llorar. "En esta cama me concibieron. Yo no pedí nacer, ¿por qué no lo pensaron antes?". Encendí un fósforo y lo arrojé a las cobijas. Entretanto, tomé las pocas pertenencias que tenía y me largué.
Cuando salí no quise mirar atrás. Temía convertirme en esclava de mi pasado y terminar hecha una estatua de sal, como la mujer de Lot.
"Señorita, se quedó dormida. Acá termina el recorrido".
Agarré mi mochila, bajé de colectivo y partí rumbo a la redención.

Elogio de la Locura

"A mí me ha sido sobremanera grato decir lo que me venga a la boca. Que nadie espere de mi, pues, que comience con una definición de mí misma (…) ¿A qué conduciría el convertirme con una definición en imagen o fantasma, cuando me tenéis frente a vosotros mirándome con los ojos? Según véis yo soy verdaderamente aquella dispensadora de bienes llamada por los latinos "Stultia" y por los griegos "Moria".
(Erasmo de Rótterdam, "Elogio de la Locura")

Ahhh… si no fuera por la Locura.
Hoy estuve analizando los puntos en común entre la locura y el colesterol.
La buena locura es como el colesterol bueno? Es necesaria para vivir?
Cuando la locura se vuelve "mala locura" es como el colesterol malo? Te puede llevar a la muerte?
Partiendo de esta hipótesis intentaré demostrar que mi pensamiento científico está orientado hacia la búsqueda de la verdad (cuack!)

ESTE MUNDO ESTÁ LLENO DE LOCOS
a) De los locos lindos
Es verdad. Basta salir a la calle y escuchar bocinazos, gritos, gente corriendo, comiéndose los mocos en los semáforos, chicas con minifalda con -10ºC, cartoneros con carritos de contramano. Llegás al trabajo y a tu jefe se le fueron los humos a la cabeza cuando recibió un poco de presión. "Está re loco", decís. Trabajás como un loco durante todo el día porque tu jefe te contagió. Llegás a tu casa y tu vieja te dice "Esto es una locura, aumentó la carne. Cómo te ves comiendo milanesas de soja?"
Digamos que para lidiar con la locura ajena se necesita un poco de locura. Pero de la buena, de esa que se necesita para sobrevivir, la linda. Siendo un loco lindo la gente te ve de otra manera, te aprecian, te quieren, valoran tus salidas cómicas. El loco lindo es el colesterol bueno de la sociedad: le hace bien al organismo.

b) De los locos malos.
Son de los llamados "locos de mierda" que es preferible tenerlos lejos porque son como los shiítas que se inmolan. No sabés quién es y por qué va a explotar. El loco malo se enoja por todo, todo le parece que está mal, nada lo conmueve, grita por cualquier cosa. Y conviene no agitarlo mucho porque no sabés hasta dónde es capaz de llegar con esa locura. En el barrio son conocidos con los siguientes apodos: El Diablo, Judas, Satanás, El Calentón. Son los típicos especimenes que se bajan del auto con la llave cruz para pegarle a un tachero, son los jefes de la barra brava, los tipos que le pegan a sus mujeres. De esos el mundo está lleno, más de lo que se pueden imaginar. Si alguien no se dio cuenta, muchas veces son los tipos más adorables de la vecindad. En serio!!!!
Ellos, entonces, equivaldrían al colesterol malo. El que te mata.

c) De los locos boludos ( también conocidos como boludos con iniciativa)
No entran en la categoría del colesterol porque sólo se hacen mal a sí mismos. Serían como el apéndice en el cuerpo humano: no sirve para nada, pero jode.
CASO 1: Recital de los Redondos. Pibe con remera de Lobo Suelto/Cordero Atado. "Ehhhhhh, loco, vengo desde Jujuy, copate con una moneda pa' la birra". El hijo del Inca juntó la plata para la entrada vendiendo Ekekos en Purmamarca y no le quedó para la Quilmes. La monada lo ayuda con lo que puede. El pibe se toma 5 vinos Termidor, entra al recital cabeceando y dándose contra todo lo que es bulto. Comienza el show con "Mi perro dinamita", el pibe alucina y se cae redondo al piso. Vomita a más no poder y entra en coma etílico. Cuando despierta, se da cuenta de que se perdió el recital, perdió a los amigos, le sacaron los documentos… y encima perdió el bondi a Jujuy.
Ese es un loco boludo.

Al final no pasé de la descripción. Voy a terminar poniendo algo mediocre, lo sé, pero estoy que me caigo de sueño.
En que categoría de loca entro hoy? Ya lo sé. No me digan.
Cuéntense algo ustedes, si conocen algún tipo de loco o si están de acuerdo con lo que quise elaborar como teoría… es una pedorrada, pero algo tenía que poner.

"Veo que estáis aguardando el epílogo; pero os erráis si imagináis que me acuerdo de una sola palabra de todo este fárrago que acabo de soltar… Vaya este adagio antiguo: "No me gusta el convidado que tiene buena memoria". Y yo invento este: "Detesto al oyente que se acuerda de todo". Por todo ello, ¡Salud, celebérrimos devotos de la Locura, aplaudid, vivid y bebed"

Un mundo X Small para una mina XLarge

"Positiva… todo muy bien/Positiva… todo muy bien, o todo como el orto?" (Erica García dixit)
Soy yo con el universo. El universo está en mí. Interactúo con él, me relajo, medito, traigo paz a mi ser, armonizo los chakras mientras me acuerdo de algún que otro lingam, me digo "si no pudimos normalmente, probemos con el Tantra", visualizo el color violeta y me quedo en él hasta que el vecino de al lado, concertista de no sé que camerata, se pone a ensayar la canción del Chavo (que sé que es de alguna ópera que en este momento no recuerdo). Ahí se me va la inspiración. Inspiro, expiro, el oxígeno tiene que pasar por mis venas y llevarse las tensiones…
Soy una persona positiva. El mundo me ama y yo amo al mundo. Lo que todos necesitamos es amor.
Hago una autocrítica. Me miro al espejo y calculo cuáles pueden ser los motivos de mi conflicto con el Universo. "Bien", pienso conmigo misma, "empecemos por los pies".
Y voy anotando en una lista los siguientes ítems:

-Altura: 1,71
-Peso: 74 kg.
-Número de calzado: 41.
-Talle de pantalón: 42
-Talle de sutien: 100

Después de concluir que no estoy tan hecha pelota para la edad que tengo, me subo el tiro bajo que está dejando al descubierto la autopista al Sur y decido salir a comprar ropa, zapatos y demás menesteres que hacen de esta rata un ser humano digerible.
Antes de salir del edificio me miro en el espejo de la entrada. "Tás bien, Turquita, podría ser peor!". Siempre hay que pensar que hay alguien que está peor. Mientras una se queja de la celulitis, por ejemplo, hay gente que no tiene piernas. Mientras una se queja de la pancita, resultado de los ravioles del domingo, hay gente que no tiene para comer y tiene panza de desnutrición.
¿Tengo razón o no tengo razón? Hay que conformarse con lo que Dios te dio, qué tanta historia.
La vidriera de esta casa de marca reconocida tiene unos lienzos impresionantes y unas remeritas/blusitas desflecadas en colores marrones, sepias, con hilitos por todos lados, mitad hippie/mitad shakiresca. Que buenos cinturones… Entro y le digo a la vendedora:
- Quería probarme ese pantalón de la vidriera (si le queda bien al muñeco, me tiene que quedar bien a mí)
- ¿Es para vos? (preguntonta)
- Si.
- Qué talle tenes, "gordi"?
- 42.
- Mmmmm, ese modelo sólo viene hasta el talle 40. Todos los de vidriera vienen hasta el 40.

Ergo: Tendría que bajar un talle para ponerme ese pantalón. Cagamos.
Pero antes de irme quiero probar con "esa" camisita hermosa que había visto.

-Decime, de esa camisita de la vidriera, tenés como para mí?
-Mmmmm, todos son talles únicos. Pero si querés, probátela, a ver si te queda.
La Turca se lanza de cabeza al probador. Díganme por qué los probadores de casa de ropa de minas miden 1 x 1? No se dan cuenta de que alguien normal no entra ahí? Trato de sacarme el pulóver y la remera, no sin antes magullarme los codos y que se me cayeran en la cabeza los maniquíes que colgaban del techo. Trato de bajar la remerita… y no baja. Si la fuerzo, la rompo y encima la tengo que pagar. Ergo: me voy a comprar zapatos y ando desnuda por la vida, pero con zapatos (como las actrices XXX).
TODAS LAS REMERITAS ME QUEDAN POR ARRIBA DEL OMBLIGO Y TENGO 30 AÑOS!!! Me tengo que vestir como una vieja de 80???

"Qué lindos zapatos!!!" Mientras los contemplo, me imagino yendo a trabajar con ellos. "Serán cómodos?". Entro.
- Quería probarme esos zapatos que tenés al lado de la caja.
- Cuánto calzás?
- 41.
- No tengo, sólo se hacen hasta el 40 (con cara de "vos no sos humana"). Pero si querés, probate el 40 grande a ver cómo lo sentís.

Llevo años tratando de comprarme zapatos cómodos, y lo único que consigo son zapatos que me visten pero me dejan los dedos mochos, los pies llenos de callos… un asquito.
Comprar un conjunto de ropa interior se transforma en una especie de Expedición Robinson. La última vez que quise comprarme un corpiño "con onda, con bretelitos de silicona" estuve 3 meses dando vueltas por San Martín, Palermo, Belgrano… hasta que caí en el Once. Llegué a mi casa emocionada, me lo probé y el bretelito tan lindo de silicona se rompió. Y después descubrí que no sostenían nada.
Como decía Sidarta Kiwi, "nos enyoguizamos" y repentinamente me veo con una luz cenital iluminando mi capocha. "Soldado que escapa sirve para otra batalla", "No hay mal que por bien no venga" "Dios debe tener reservado algo grosso para mí" "No está muerto quien pelea" y miles de dichos más se cruzan por mi cabeza para tratar de justificar lo que es injustificable: estoy en un mundo xtra small y soy xtra large. Y ahí es cuando me acuerdo de la película "Un día de furia" y me dan ganas de agarrar el FAL y reventarles sus tiendas a tiros. Odio salir a comprar ropa.
Mientras camino por la calle Córdoba con los ojos que se me salen de las órbitas de la bronca acumulada, pasa un tipo que me dice:
"Como me gustaría hacerte esto y lo otro y snpkjfpaoj"
Por lo menos ser xtra-large sigue teniendo algunas ventajas.

Otro escrito màs subido a Fotolog...


Bueno. El propósito de este espacio no era mostrar fotos? Acá hay una.
Atenta contra el buen gusto, lo sé. Gente impresionable, les pido que se abstengan de mirarla porque puede traerles serios problemas psicológicos.
El título de la foto me lo sugirió Bety Soreta en conjunto con Marta Minujín y es: ARTE, ARTE, LA PELOTUDEZ HUMANA. No me van a decir que por el tamaño el tipo no es un pelotudo, o si?
Si fuera hombre, hay días que los tendría así. Pero como los ovarios no se inflan, no me quedó otra que ser más explícita y poner a un pobre hombre que sufre de una enfermedad para expresar que yo también me quedo sin paciencia. Y me saco.

Ojo, che, no vivo sacada de esa manera. Pero a veces hay cosas que me colman demasiado.

SITUACIÓN 1:
Amiga 1:"Mmmmm... no sé, tipo como que... nada. Me explico?"
Cara de la amiga: asintiendo con la cabeza, con una mini sonrisita en el rostro.
Voz en Off: "Siempre Libre entendió lo que querías y creó la nueva toallita que ahora absorbe el Rio Bermejo, el Pilcomayo, el Amazonas, se la banca diez horas si no tenés tiempo de cambiarte Y ENCIMA NEUTRALIZA LOS OLORES!!!"

Qué pudo haber hecho la Turca? Dijo "Hmmm... suena interesante. Será verdad?" Primero, nunca había pensando en LOS POSIBLES OLORES. Menos se me habría ocurrido hablarlo con una amiga (bah, creo que cualquier mina con dos dedos de frente no se pondría a gastar saliva en semejante huevada). Pero como SIEMPRE LIBRE entendió lo que TODAS queríamos y NO SABÍAMOS EXPLICAR (Ay Dios...) fui y lo compré.
ES UNA TOALLITA COMUN Y CORRIENTE, que cuando te movés un poquito las alas no sirven más para nada y te terminás manchando. Como siempre. Siempre Libre. Siempre Manchada.
Eso te hincha los gobelinos. Que primero te traten de estúpida por hablar de temas estúpidos (bah, ni siquiera hablarlos, porque fue un "tipo que... nada, patítico...pero todo bien... de onda"), después de que la amiga no la entendió, Siempre Libre se declaró traductor de las necesidades femeninas y creó algo sumamente estúpido que es más de lo mismo. Y las estúpidas fuimos y compramos.

POR TAL MOTIVO SIEMPRE LIBRE SE ENCUENTRA EN EL TOP FIVE DE LA PELOTUDEZ.

SITUACION 2:
Padres posmodernos. Capítulo aparte.
NO VOY A GENERALIZAR, lo aviso desde ahora para que nadie se sienta tocado. Pero quiero ver cuántos coinciden conmigo. Parejita que acaba de tener su primer bebé. Contentos los dos, te cuentan de cada cosita que hace el nene, de cuántas veces le cambian los pañales, si duermen de noche, etc... etc... Mientras tanto, ella te revuelve el café con la misma cucharita con la que le dio la Cirulaxia al mayor. Y en la taza, antes de que hubiera café, había un chupete que se estaba enjuagando porque se había caido al piso y lo había lamido el perro. Y en ese interin, el marido le estaba cambiando los pañales al chiquitito en la misma mesa... en donde después apoyé mi taza de café.
Anexo 2: De los padres que traen a sus hijos a las reuniones de amigos y pretenden educarlos delante de todo el mundo.
He visto de todo. Desde el que le dice "cuando lleguemos a casa vas a ver" hasta el que le pegó un mamporro porque estaba insportable. Y hasta el que lo dejó llorando porque el psicólogo le dijo que no tenía que complacer todos los berrinches del hijo. Y uno en el medio de la educación, que debería ser de las puertas de la casa para adentro.
Anexo 3: De los padres culposos. De los que te vienen a visitar para mostrarte qué grande y maleducado está el pibe. Querés hablar con tu amiga, separada, con hijo de 7 años, y terminás pellizcándole el brazo al pibe porque te pateó el CPU porque el jueguito no andaba y la madre no le dijo nada (o sea, mi amiga). Diálogo:
-"Loca, ponele un límite"
-"No puedo, no estoy nunca... de última te lo pago yo, no te hagas drama".
-"Ahá".

POR ESO, ESTE TIPO DE PADRES HA QUEDADO EN EL SEGUNDO LUGAR DE MI TOP FIVE DE LA PELOTUDEZ. (En cuál entraré yo cuando sea madre?)

Se va la última.

SITUACIÓN 3: PROBLEMA COMUNICACIONAL.

Se da en CASI todas las parejas. Casi comprobado.
- Te gustó la comida, mi amor?
- Si, bichito, estaba muy rica.
- Querés que te sirva más?
- No, gracias. Estoy satisfecho.
- Entonces no te gustó la comida, decime la verdad, porque si no querés comer y blablabla…

-En dónde estuviste ayer?
-Nos fuimos con los chicos a ver el partido en la casa de Tonga.
- Vos te fuiste con otra.
-Te estoy diciendo que estuve viendo el partido!!!
-No me mientas más. Si no querés estar conmigo, decimelo en la cara.

Preguntonta necesaria: "Me querés?" . Y si me dijeran "no", estaría mal? Yo pregunté. El que pregunta, tiene que saber atenerse a las respuestas.
Y si me dicen "Si", la contrapregunta: "Y por qué no me lo decís?"

Me pregunto, tan difícil es comunicarse sin proyectar inseguridades propias en el otro?
En el último de los ejemplos, tan difícil es dejar fluir las cosas sin tener que llegar a forzar algo que no se pide?

En fin, no sé si entran en el TOP FIVE de la pelotudez, pero cómo colman la paciencia ess cosas…

Besos gente, me fui!

Seguimos sin cambiar...

Está bueno guardar algunos escritos para ver si a lo largo de la vida seguis pensando de la misma manera. Esto lo publiqué una vez en el fotolog que tenía:


"Si no mirara el mundo con ojos de turista, todo sería tan monótono, tan aburrido, que tendría que comprarme una Filcar para ubicarme entre tanta monotonía". (Turca Dixit)

Un día Dany me dijo: "Turca, keep your eyes wide open" y no hizo más que instalar definitivamente en mí la idea de que sólo tengo una vida, que no sé cuánto puede durar, y que mientras dure quiero llevarme de este mundo la mayor cantidad de imágenes, de sensaciones, de sentimientos y de momentos. Me dejó pensando por un buen rato. Y llegué a la conclusión de que tengo los sentidos tan "al palo" que cualquier cambio es capaz de desestabilizarme emocionalmente. Cuando eso pasa, me introspecciono, pienso, reflexiono y concluyo que – mismo siendo así – prefiero ser diez mil veces sensible a pasar por esta vida como quien se sube a un bondi, viaja, ve un poco el paisaje y después se baja.
Si te tomás la vida de esta manera, todos los días son diferentes. Buenos Aires es una ciudad hermosa, disfrutás del Obelisco por más que pases a las corridas, mirás a tu alrededor y ves que algo cambió, que hay un cartel nuevo, que abrieron una nueva sucursal del Dr. Ahorro… la fisonomía de la ciudad cambia todos los días. Y no termina ahí. Uno también cambia. Y seguramente no va a ver la ciudad con los mismos ojos de ayer.
Heráclito de Éfesos ya lo decía: "No te bañarás dos veces en el mismo agua", dándole a la historia del hombre ese concepto tan necesario de "movilidad" y de "cambio". El agua pasa una sola vez por ese lugar. Y uno cambia constantemente, no sólo de pensamiento, sino físicamente. Cuando empecé a escribir esta crónica, quizás yo tenía millones de neuronas. Ahora debo tener un par menos, porque las células de nuestro cuerpo, a medida que pasa el tiempo, mueren. Otras se regeneran. Pero vivimos en permanente cambio.
Y que lindo que es moverse, cambiar, no atarse a una estructura para que las cosas no nos desestabilicen. Vivir en Buenos Aires es hacer turismo aventura: hay tanto para aprender, tanto para asimilar, tanto para ver que a veces pienso que no me va a alcanzar toda la vida ni voy a tener todo el tiempo que quiero para detenerme a pensar en cada cosa que veo.
Que bueno que es tener una base e ir moldeándola a lo largo de los años. Aprender de las experiencias y aún así seguir entregando todo en cada beso, en cada caricia, en cada abrazo, por más que eso implique darse por enésima vez la cabeza contra la pared. Que bueno que es permitirse el lujo de seguir creyendo a pesar de los golpes recibidos. Que bueno que es amar, que bueno que es sentir, que bueno que es decir "te quiero" por más que del otro lado haya un silencio, porque no me hace falta que vos me quieras para que yo pueda quererte.
Vivir la vida con todos los sentidos despiertos es difícil. Es vivir con la sensibilidad a flor de piel. Es llorar al ver una madre amamantando a su bebé y es reírse del ciclo de la vida. Es felicidad cuando a un amigo le va bien porque te ponés en su lugar, y es amargura cuando ese llamado no llega.
Pero no conozco otra manera más linda de vivir. Si existe, pásenme la receta.
Besos
Turquex.

Historia de los dos que soñaron

"Cuentan los hombres dignos de fe (pero sólo Alá es omnisciente y poderoso y misericordioso y no duerme), que hubo en el Cairo un hombre poseedor de riquezas, pero tan magnánimo y liberal que todas las perdió menos la casa de su padre, y que se vio forzado a trabajar para ganarse el pan. Trabajó tanto que el sueño lo rindió una noche debajo de una higuera de su jardín y vio en el sueño un hombre empapado que se sacó de la boca una moneda de oro y le dijo: "Tu fortuna está en Persia, en Isfaján; vete a buscarla." A la madrugada siguiente se despertó y emprendió el largo viaje y afrontó los peligros de los desiertos., de las naves, de los piratas, de los idólatras, de los ríos, de las fieras y de los hombres. Llegó el fin a Isfaján, pero en el recinto de esa ciudad lo sorprendió la noche y se tendió a dormir en el patio de una mezquita. Había, junto a la mezquita, una casa y por el Decreto de Dios Todopoderoso, una pandilla de ladrones atravesó la mexquita y se metió en la casa, y las personas que dormían se despertaron con el estruendo de los ladrones y pidieron socorro. Los vecinos también gritaron, hasta que el capitán de los serenos de aquel distrito acudió con sus hombres y los bandoleros huyeron por la azotea. El capitán hizo registrar la mezquita y en ella dieron con el hombre de El Cairo, y le menudearon tales azotes con varas de bambú que estuvo cerca de la muerte.
A los dos días recobró el sentido en la cárcel,. El capitán lo mandó buscar y le dijo: "¿Quién eres y cuál es tu patria?. El otro declaró: "Soy de la ciudad famosa de El Cairo y mi nombre es Mohamed El Magrebí." El capitán le preguntó: "¿Qué te trajo a Persia?". El otro optó por la verdad y le dijo: "Un hombre me ordenó en un sueño que viniera a Isfaján, porque ahí estaba mi fortuna. Ya estoy en Isfaján y veo que esa fortuna que prometió deben ser los azotes que tan generosamente me diste".
"Ante semejantes palabras, el capitán se rió hasta descubrir las muelas del juicio y acabó por decirle: "Hombre desatinado y crédulo, tres veces he soñado con una casa en la ciudad de El Cairo en cuyo fondo hay un jardín, y en el jardín un reloj de sol y después del reloj de sol una higuera y luego de la higuera una fuente, y bajo la fuente un tesoro. No he dado el menor crédito a esa mentira. Tú, sin embargo, engendro de una mula con un demonio, has ido errando de ciudad en ciudad, bajo la sola fe de tu sueño. Que no te vuelva a ver en Isfaján. Toma estas monedas y vete".
"El hombre las tomó y regresó a la patria. Debajo de la fuente de su jardín que era la del sueño del capitán) desenterró el tesoro. Así Dios le dio bendición y lo recompensó y exaltó. Dios es el Generoso, el Oculto."
(Del libro de las 1001 Noches, noche 351)

Tigre

SER TIGRE:
"SEXO, CAIPIRINHA Y ROCK'N'ROLL"

Saltaste sobre mí desprevenidamente. Caminaba por a gran vía y tus ojos hechiceros me tentaron desde distintos ángulos para entrar al teatro y evaporarme un rato.
Catarsis. Transitar por un campo abierto, a la intemperie y que todos los climas me tocaran, mojaran, acariciaran, mientras tu rugido atraía a las especies más olvidadas de la jungla invitándolas a compartir el baile, el canto, el festín de las presas atrapadas en tus garras de cachorro travieso y salvaje.
Entrega total en cada acto, fuerza que se despereza en cámara lenta y en un segundo se convierte en latigazo. Fe ciega al olfato y a la intuición para conseguir trofeos. Coleccionarlos. Disecarlos. Abandonarlos.
Empezar de cero cada día sin reservas, contar con la inspiración del momento para la caza sin mucho esfuerzo.
Jugarse sin prevenir ni medir las consecuencias. Estirar el aguante del prójimo hasta el límite, como las rayas de la piel, poniendo a prueba el sistema nervioso, respiratorio y sexual. No retroceder, reconocer ni perdonar.
Seguir trasnochado, cansado, hipnotizado, enamorado del último beso entre las patas traseras, sin recordar el nombre del amante.
No detenerse, pelear cuerpo a cuerpo para sentir las huellas del dolor, rabia y furia del adversario en carne propia y dejarlas al sol para que cicatricen.
Vivir como un prófugo sin domicilio, dejando caricias, consejos, manjares, hijos propios y no reconocidos esperando repetir funciones de gala. Romper costumbres, códigos, mandatos, modales atávicos en un instante transformando el NAJT (tiempo-espacio).
Dar el máximo placer hasta convertirlo en dolor, recorrer precipicios en la oscuridad intuyendo el peligro, saborearlo y masticarlo en una orgía de sensaciones, abrir los chakras y dejar que a energía recorra cada órgano por dentro hasta transformarla en un mar huracanado.
Insolente. Demandante. Egotrip.
IRRESISTIBLE, PROVOCATIVO, DÉSPOTA, MANIPULADOR, ARBITRARIO, SOBERBIO, DESPIADADO. Volcán amenazante. Sismo constante. Vida en movimiento. Hermano de la muerte.
Hombre, mujer, hermafrodita, travesti, pura sangre. Acelerador a fondo, sin pausa ni culpa. La vida se toma revancha, ojo por ojo, diente por diente.
Radioactivo, imán, desvío de la rutina. Príncipe y mendigo. Jugador empedernido. Víctima de las pasiones que surgen en cada sístole y diástole. Juego de abalorios. Brutal y refinado, concreto y abstracto, reflexivo e impulsivo, ying y yang interactuando. Flecha apuntando al corazón y al ombligo.
El tigre saciará su sed hasta agotar todos los recursos naturales; tragar de un bocado los atardeceres y amaneceres, lamer cada fase de la luna hasta cambiarla, no retroceder aunque su corazón se lo pida. Primera, segunda, tercera, cuarta, quinta.
Nunca marcha atrás. El tigre llega al rincón más impenetrable de la selva, logra remover raíces engarzadas en arenas movedizas.
No le pidan mesura, disciplina, horario. Llegará en el último instante a solucionar lo que a otros les lleva la ríspida rutina milenaria. Entrará despojado de protocolo y conquistará a los más almidonados. Su estilo directo, provocativo, avasallante transformará la quietud en un carnaval descocado.
El sentido del humor será su aliado; en situaciones límite conseguirá salir de prisión por sobornar con piropos altamente imaginativos a los custodios que lo admirarán secretamente por su audacia.
Vivirá en un día mil vidas, quedará exhausto y refugiado en algún escondite de la selva donde nadie lo encuentre por años.
Saldrá cuando el sol caliente, la primavera lo incite con sus perfumes afrodisíacos y la saliva recorra sus colmillos afilados.
Tendrá suerte si escucha la invitación al banquete y es certero y preciso en sus zarpazos.
De niño buscará mimos a cada rato, de joven gozará por igual triunfos y fracasos, de viejo buscará aplausos, admiración, un poco de amor para no olvidar sus virtudes legendarias y cobijo después de algún desliz improvisado.
En China lo veneran por su valentía, representa en la Tierra la energía yin y dice la tradición que tener un tigre en la casa es benéfico pues aleja al fuego, a los ladrones y a los fantasmas.
Le gusta reír tanto como llorar. Dar la vida por una causa noble o innoble. Matar o morir de amor. Ser líder de barrio o de un reino del revés.
Jamás pasará desapercibido; la Tierra es su escenario para presentar batalla aunque caiga rendido.
Uno de los mejores amigos. ¡Qué pena que sea tu enemigo, pues no podrás olvidarlo ni con un surmenage!
Improvisado, impulsivo, kamikaze, selectivo e imaginativo: seguirlo es una forma de mantenerse joven y en buen estado físico.
Aparece y desaparece como el humo dejando un eco de corso de carnaval, trueno en los tímpanos. Encarnado en varón o hembra titila a lo lejos por su look, no necesita cirugías, salió impecable de fábrica. Deportista nato, a veces amante del gym donde hacer performances. Es pura fibra, elástico que se estira hasta dar la vuelta a la vía láctea. Excita hasta a un asceta.
Su afilada lengua lo mantendrá en vilo; buscado para matar o liderar, su gran poder de oratoria convencerá al más descreído de su último invento.
El tigre sabe que tiene trucos escondidos entre sus rayas para caminar sobre las aguas, atravesar el fuego, embrujar a quien se le antoje y provocar un banquete con su amor de a.m. o p.m.
Ests sibarita gozará cada instante que la vida le dé, porque sabe que su pasión por vivir puede traerle apremios, coartadas, pérdidas afectivas, enemigos disfrazados de Harry Potter o un escorpión entre las sábanas.
Conjuga con armonía el cuerpo físico, mental y astral para disparar como una flecha al blanco.
Vive en crisis; jamás está calmo y, si da esa sensación, ¡cuidado!, es un volcán a punto de estallar.
El Tigre, como Hermes, es el mensajero del tiempo histórico. Comprometido con su época, con vocación política o perfil bajo será un abanderado de causas humanistas, su voz se escuchará clara y precisa en medio de la multitud.
Su gran sentido del humor y sus dotes histriónicas lo convertirán en una persona respetada y temida, pues la fe que se tiene cuando emprende una misión es absoluta.
Adora el show off, es provocativo, pendenciero e insolente.
NECESITA ALTAS DOSIS DE ADRENALINA PARA SENTIRSE EN FORMA Y ATRACTIVO, sobre todo las tigresas, símbolos sexuales como Marilyn Monroe, Tina Turner, Natalie Word y Sandra Ballesteros, dignas ejemplares de su especie.
El tigre es holístico en su vida y en sus decisiones; cuando se juega por alguien lo hace a full, jamás se queda a mitad de camino y sabe que despierta interés y admiración por su conducta.
Su ferocidad y belleza atraen como Venus en la noche. Tienen un imán irresistible para internarse en lo desconocido, la aventura y el riesgo son la sal y la pimienta de su vida y no dejará nada por probar ni hacer hasta que no corra peligro de muerte.
Su vida estará llena de matices; oscilará entre etapas de merma y abundancia, intensa vida social y retiro espiritual, matrimonio y harén, productividad y ocio creativo. Detesta la rutina, los horarios y los uniformes. Saltará murallas chinas, paredes de castillos medievales, pirámides mayas para no sentirse enjaulado ni prisionero de obligaciones terrenales.
Es el opuesto complementario del mono, y cuando nos cruzamos en la selva crujen varillas de milenrama, flechazo inevitable, carcajadas, éxtasis en los sentidos, gustos paralelos por lo desconocido, trapecistas de lo infinito.
Compatibilidad en el juego y en el arte, el reposo del guerrero, la sintonía entre lo inevitable, el respeto por el territorio privado y cuando se nos antoja compartido, el amor brujo que nos transporta al supramundo.

TIGRE DE MADERA (1914/1974)
Disciplinado y lúcido. Este tigre viene con contradicciones incorporadas: es apasionado por la vida y lo que hace, pero lo lleva a cabo con método y disciplina. Le encanta su trabajo y ser el primero… aunque huye de las responsabilidades. Busca una vida estable, pero le tiran las aventuras.
Lleno de energía y fuerza vital, resulta muy atractivo y está lleno de amigos, no tiene problemas para respetar la autoridad y es un empleado puntual y confiable. Cambia de rumbo siguiendo sus instintos y buscando estabilidad.

TIGRE DE FUEGO (1926/1976)
Imprevisible y magnético. Un tigre que se mueve por donde su espíritu le indique. Atractivo y misterioso, no es demasiado sociable, aunque los demás se sienten atraídos por su energía y carisma. Tiene pasta para líder, yt de él va a depender en lo que se transforme, ya que su fuerza de voluntad es enorme.

Insoportables detalles urbanos

INSOPORTABLES DETALLES URBANOS

Salir a la calle no es el simple hecho de levantarse, tomar el café, prender el primer pucho del día, sujetarse el pelo mojado (porque con el viento se seca y algunas terminamos pareciéndonos a la Pantera Rosa cuando sale hecha un pompón del lavarropas) y hacer el revoque fino de lo que alguna vez fue… un iluminado rostro adolescente. Salir a la calle es como lo que es para los gays "salir del armario". es blanquearle a esa masa amorfa que está afuera llamada "sociedad" lo que uno aprendió en casa. Presentar lo que a uno le enseñaron sobre comportamiento social cuando parvo ( en el caso de las chicas incluye llevar ropa interior limpia y estar depiladas, porque "no vaya a ser cosa que te pase algo y el médico tenga que ver esa bombacha toda rota y los pelos de las piernas").

Salir a la calle implica ser luchador en la supervivencia del más apto. Incluye poner límites, decir "estaba yo antes que vos" en la fila del banco cuando se te quieren colar. Implica ir por Florida haciendo fintas de básquet porque en una peatonal no hay carriles que determinen que el lado derecho es para los que van más lento. Implica elegir salir sin paraguas en un día de lluvia para evitar choques con otros paraguas, puteadas y a lo mejor volver con un ojo en compota a casa. O lo que es peor, sin uno de ellos.

Salir a la calle es como hacer turismo aventura. Es caminar por veredas angostas y esquivar obstáculos. Es salir con una hora de anticipación y llegar tarde porque justo era día de piquete. Es saltear charcos y veredas rotas con zapatos de taco. Es esguinzarse un tobillo por no haber visto el pozo. Es pelearse con el colectivero porque te marcó mal el boleto. Es tener santa paciencia con desconocidos que no veremos nunca más en nuestras vidas.

Y en este turismo aventura no hay premio. Y si lo hay, es volver sano y salvo a casa.Pero lo pero de salir a la calle es encontrarse con "gente" que no es "como uno", viste? Es ver al tipo que tenés en frente levantando los mocos y tragándoselos. Es ver al mismo tipo haciendo gárgaras y escupiéndolo (¿qué tal si lo dejamos madurar y lo guardamos para navidad?) Es ver como alguien estornuda y se limpia la mano en el pasamanos del subte. Es ver como los hombres se manotean sus partes y rascan, rascan, rascan, aduciendo que tienen un pelito enganchado en el calzón (Si te rasuraras, mi vida, no tendrías ese problema. Seguramente sos ecologista y estás en contra de la deforestación de la selva amazónica). Salir a la calle es entrar en un baño de mujeres y no poder sentarte en la tabla porque todas hacen pis "de paradas" y mojan la tabla (después se quejan porque sus maridos lo hacen en sus casas). Es tener que tratar de no resbalarse en dicho baño porque está todo mojado. Es tratar de salir cuanto antes de ese baño porque si no te morís del tufo. Salir a la calle es ver a la mamá que le baja la bombachita a la hija o le sostiene el pilín al nene para que hagan su pichín en la calle, compartiendo con todos nosotros un momento que tendría que ser de total intimidad. Salir a la calle es bancarse la sarta de idioteces que te dicen los tipos, como si con semejante verborragia extraída de "La Tremenda Gorda Berta: Nace Una Estrella" te fueran a conquistar. Salir a la calle es una batalla diaria para ganar el pan. pero también es la lucha contra la educación que le dieron a los demás que conviven con vos.

miércoles, diciembre 03, 2008

Los consejos de Lady Love

Inaugurando la sección "archivos secretos", acá va la primera entrega de un escrito lunático que escribí en el 2004. Muy bizarro, pero hoy lo leía y me reía yo sola.

Mi nombre es Lady Love.
Reservo mi verdadera identidad. La mantengo en el más profundo de los secretos, no por vergüenza ni pudor, sino porque me busca la policía. Tuve muchas otras vidas, entre las cuales está la anterior – la más importante- en la que fui odalisca del grupo de baile de Araceli. Allí aprendí el arte milenario del sexo junto con las otras chicas del ballet. No éramos lesbianas. Simplemente nos brindábamos cariño y admiración mutua. Bueno, está bien. A veces nos tocábamos mientras nos bañábamos. Pero sólo eso.
Antes de salir a escena a mostrarle al mundo nuestra coreografía, venía un sacerdote a bendecir al grupo de baile para que tuviéramos suerte. Por una cuestión de pudor, sólo diré que en aquella vida pasada el cura tenía las iniciales P.G. Y en esta también, sólo que como vamos puliéndonos a medida que morimos y reencarnamos, a este desgraciado ahora se le dio por violar pendejos. Y ahora está en cana.
Es por eso que desde la clandestinidad a la que estoy condenada, aquí en el medio de la selva guaraní, decidí que era hora de compartir mis secretos con el mundo. Entre chipa y chipa, mezclándolos con un poco de sopa paraguaya y bajando semejante bolo alimenticio con unos tererés de naranja, recibí un designio divino. Alguien, alguna entidad superior que no puedo determinar con exactitud, me dijo:
-Primero, depilate las piernas porque parecés un chabón. Segundo, ponete un poco de desodorante y lavate los dientes porque ya no se distingue un olor del otro. Tercero, andá pensando y haciendo memoria de tus aventuras sexuales. Armate un compiladito y lo editamos en algún lugar.
No sé cuánto me van a pagar, eso ya poco importa. Ahora sé que tengo una misión que cumplir en este mundo y tengo que hacerlo porque sino, en mi próxima vida, voy a reencarnar en una planta de aloe vera.
Como en el medio de la selva no hay computadoras, me comunico via telepática con un equipo remoto que identifica mis pensamientos y los traduce a palabras en un documento de Word. El resto depende de quién lo edite, si lo revisa o no.
-Ñamembu, yaguá te cacá!
- Xô, cachorro da porra!
Estoy en algún punto de la Triple Frontera.
Aún hoy, durante las noches, recuerdo las andanzas de mi vida pasada. Pero eso ahora no importa. Estoy recibiendo un mensaje telepático desde Venezuela… o de Argentina. Parece que se llama Catherine. Me pregunta:
-Oie, mi bruhita del sexho, dime si es posible la penetración anal con una raqueta de tenis. Mi marido quiere experimentar y ió no sé si se puede con eso, chica.
Respuesta de Lady Love: como poder, se puede. Ya he experimentado con raqueta de tenis, palos de golf, palos de hockey sobre césped, veo que tu marido tiene un perfil deportivo. Pero cuidado. Según las leyes que rigen el universo, todo lo que entra tiene que salir, y con ese pedazo de culo que tienes no creo que lo puedas sacar una vez consumado el acto. Te aconsejo que comas mucha chipa para que se haga un bolo fecal y haga tope con eso, figúrate que después es muy difícil sacarse el palo del orto. Cualquier consulta, piensas en mí y yo recibo las frecuencias. Te deseo mucha suerte.
Tengo otra frecuencia que me busca.
-Descubrí que mi marido tiene relaciones sexuales con travestis. ¿Qué tengo que hacer? ¿Es normal? Marianela – Cruce Varela.
Querida Marianela, no es normal que tu marido tenga relaciones con travestis. Está perfecto! Nadie mejor que un hombre sabe lo que le gusta a otro hombre, y por lo que puedo deducir de tus palabras concluyo que a ti no te gusta practicarle el sexo oral a ese tu marido. ¿Por qué no le dices que se lave el pilín? ¿Es que acaso te da vergüenza? ¿O es que realmente tienes una boca muy pequeñita y le vives mordiendo? El consejo en este caso es que le dejes hacer lo que el le quiera, porque tu no tienes posibilidades de darle ese placer que él necesita. Y en cuanto a ti, pónte una aplicación de colágeno en la boca, opérate, porque de esta manera siempre serás una guampuda. Estoy a tu disposición para lo que necesites. Un cálido afecto.
Recibo la última consulta y dejo de trabajar. Ya tengo ganas de ir a masturbarme entre la maleza.
-Lady Love, me llamo Sonia y tengo 40 años. Me contaron que las mujeres tenemos un lugar en el cuerpo que se llama el punto G. Me puedes decir dónde está ubicado?
Si, mi querida Sonia. Evidentemente has estado en este mundo durante 40 años al pedo, porque ni siquiera sabes donde queda el punto G. Deduzco que nunca te has masturbado ni has tocado tu vagina ni tu clítoris, y que menos aún has acariciado tu rajita. Yo te voy a decir donde queda. Bien, ahora tu sales de tu casa, tomas el colectivo hasta Constitución y te bajas en Avenida Brasil. De allí caminas hasta Once y entras en el Reventón Tropical. Allí te tomas unas cuantas cervezas y las mezclas con Fernet con Cola y te sacudes un poco al ritmo de El Original. Bien. Dejas que se te acerquen unos cuantos monchitos y eliges al que sea de tu agrado. Vete a una zona reservada (en las boites suelen tener esos lugares) y le pides que te enseñe en donde queda el PUNTO G, porque si a los 40 años no lo has descubierto, lo mínimo que mereces es que alguien te meta dedo y dedo hasta que te des cuenta en donde cuernos queda.
Desde ya, te deseo muchísima suerte y si lo encuentras, escríbeme para saber cómo te ha ido.
Bueno, mis queridos lectores, espero que mis consejos sean de utilidad para sus vidas y que les puedan sacar el máximo provecho posible para mejorar sus relaciones sexuales. Yo me despido con un beso en sus cuellos (argghhhhh, esperen que me saco el pedacito de carne que me quedó en el diente) y espero sus consultas a:
salma_hadid@yahoo.com.ar
Como sabrán, ese no es mi verdadero nombre.
Mi nombre es Lady. Lady Love.
Bye!

sábado, noviembre 08, 2008

Padres y chicos

No sé si ustedes notaron que los padres están cada día maás pelotudos. Sí, pelotudos. No quiero pecar de vieja retrógrada y decir "esto cuando yo era chica no pasaba", porque también pasaba.
Voy a citarles algunos ejemplos que veo al salir al balcón a fumarme un pucho y se los voy a comparar con lo que habría hecho mi vieja en esa situación hace 30 años.

"A mí no me va a pasar" (ejemplo de padre que no suelta el celular)

O yo salgo en el momento equivocado al balcón, o la gente que maneja está mal de verdad. De cada 10 autos que pasan, 5 son conducidos por boludos importantes que van mandando mensajitos de texto o hablando por celular. Ya hablar por celular mientras se maneja es un peligro, imagínense mandar un SMS mientras se intenta pasar el cambio, pisar el embrage y agarrar el volante... Si te les ponés adelante no te ven. Si les hacés señas desde afuera para que larguen el celular te mandan a la mierda como si el equivocado fuera uno. Ma si, mátense en masa así hay menos boludos en la calle. Pero que a mí no me pisen.


"Al nene le gusta manejar"

Sí, señor. A todos los nenes les gustan los tutús, les gustan los Hot Wheels, les gusta lo que hace su papá con el volante. Pero los nenes no son para sentarlos en la falda del conductor ni entre el manubrio de la moto y quien maneja. Ya va a tener tiempo para hacer cagadas cuando aprenda a manejar a los 18, no a los 3 años. ¿No entiende por qué? Porque si tiene que hacer una maniobra repentina, o tiene que frenar de golpe, el nene se rompe la ñata contra el volante. ¿Y qué culpa tiene su hijo de tener un padre descerebrado? Ninguna. Por eso le aviso que llevar al nene en la falda ESTÁ MAL y que puede lastimar lo que más ama en este mundo. Sea responsable.

Lo que habría hecho la madre de la Turca hace 30 años: como buena maestra, hubiera parado al conductor y le habría pedido amablemente que pusiera a su nene en el asiento trasero. El conductor habría accedido amablemente y le habría dicho "señora, tiene toda la razón".

Qué le pasaría a la Turca si hoy hiciera lo mismo que su madre: le soltarían tantos improperios que tendría dos opciones: o romperle el vidrio de un piedrazo o meterse adentro de su casa, no vaya a ser que el tipo que maneja tenga banca y en realidad lleve a su hijo en la falda porque tiene algún tipo de impunidad.

"¿Vos que querés, mi vida?"

Odio a los padres que entran a un kiosko justo cuando una está más apurada que nunca y en vez de hacerla rápida, o de dejar que el kioskero siga atendiendo, le preguntan a su hijo/a "¿vos qué querés, mi vida?"Arrrggghhhh, las odio, madres argentinas. Reproduzco un diálogo que llevó por lo menos 5 minutos:

-¿Qué querés que te compre mamá?
-Ñahmnnnoozzzzzzzzzé.
-Bueno, mirá. Acá tenés huevitos Kinder, gomitas, pastillitas, T-pop...
-HummmmAAAAAAuugghhhh
-¿No querés unas papitas 3D?
-Hmmmmm... no.
-¿No querés un alfajor?
-No.
-Bueno, decidite.
-Hummmmmm....
-¿No querés una Bananita Dolca?

(La Turca se impacienta, pone cara de culo y mira para el costado recordando cuando en su época no había derecho a elección: era Chocolatín jack o nada)

Interrumpo.

-Disculpá que te moleste, pero estoy apurada.
-Ay, sí, lo que pasa es que el nene no se decide.

Miro al kioskero, le pido un Marlboro Box, pago justo y me voy.

Qué habría hecho la madre de la Turca hace 30 años:
Habría dicho "otra cosa no hay, si no vas a querer el chocolatín Jack, nos vamos a casa. Hay gente que está esperando para comprar. Hasta mañana Don Lucho, la nena no quiere el chocolatín". Acto seguido, me hubiera tomado de la mano y habríamos caminado hasta casa. Y yo sin decir ni un "pero". Ahora te la bancás.

"Amo a mis hijos"

Ningún padre nace con un libro que le enseñe a ser padre. Pero ser padre sin sentido común es lo peor que le puede pasar a cualquier hijo.
Tengo dos escuelas a menos de una cuadra de mi casa. A la salida, aún hay algunas madres que los pasan a buscar. Al pedo. Los pibes van descontrolando todo, adelante de la madre, que viene rezagada hablando por teléfono celular mientras los pibes le rompen el jardín al vecino, le tiran banditas elásticas a mi perro...
Nunca escuché a ninguna que dijera "soltá eso o te mato" o, como mínimo, "vas a ver cuando lleguemos a casa". Siguen hablando por celular... Después los hijos se accidentan o les pasa algo y la culpa la tiene otro, o le inician un juicio al Gobierno de la Ciudad porque sí.

Qué habría hecho la madre de la Turca hace 25 años: "Vengan para acá porque las reviento, pedazo de maleducadas, ¿desde cuándo andan gritando en la calle? ¿Están matando a un chancho? Ahora por portarse así no hay postre hasta la semana que viene". Y se cumplía. Acompañaba la reprimenda varios tirones de mechones o tirones de orejas. Y no quedamos traumadas por eso.

"La pizza no me gusta, el queso no me gusta, la verdura no me gusta. Me gustan las papas McCain y las salchichas vienissima con queso"

Salida a comer con matrimonio con hijos en edad de pensar.
La madre le pregunta al hijo: "¿Vos qué vas a comer?" (N.de R. Sigo pensando que no hay que dar elección a chicos que no saben alimentarse)
-Paty con papas fritas.
-Acá Paty no hay porque es un restaurante. Papas fritas hay. ¿Papas fritas con qué?
-Con Paty.
-Paty no hay.
-Entonces pizza, pero sin queso.
-Pero pizza comemos en casa todos los días.
-Entonces fideos.
-Fideos con qué?
-Con manteca. Sin queso.
-Fideos con manteca no hay, no hacen en los restaurantes.
-Entonces quiero un flan con crema.

La madre después va a decir: "lo que pasa es que pobrecito, no le gusta la verdura, no come lechuga ni tomate ni cebolla ni zanahoria. La acelga la pasa pero si es en bocaditos. No le gusta el queso".

No entiendo ni nunca voy a entender cómo un gurí de 6 años decide qué es lo que quiere comer. Menos voy a entender a los padres que no los educan para la salud y para una alimentación variada.

Qué habría hecho la madre de la Turca hace 25 años:
-Otra cosa no hay. Vamos a comer ravioles con tuco y queso. ¿No te gustan? No hay otra cosa.
-Pero en el menú hay otras cosas.
-Sí, por ejemplo?
-Pollo con papas fritas.
-El pollo con papas fritas está caro. Se acabó. Vamos a comer ravioles con tuco y queso.
-Ufa!
-Ufa? No comas entonces. Pero no hay otra cosa, ni acá ni en casa. Ni postre. Ni agua. Ni leche chocolatada. Te vas a la cama sin comer.
-Ufa.
-Decís una vez más "ufa" y no comés. Hay chicos que se van a la cama con la panza haciendo ruido de hambre, y vos decís "ufa"? Vamos a llamar a los chicos que no tienen para comer y le vamos a dar tu plato.
-No, eso no.
-Entonces comés y te callás la boca.

2º caso, con mi hermana.

-No me gustan los fideos con manteca. Llevamos casi un mes comiendo fideos con manteca (fue en la época de la hiperinflación, en el 87)
-No hay otra cosa.
-Ma, estoy podrida de los fideos con manteca. (mi hermana empuja el plato hacia el centro de la mesa)
-Ah, si? Bueno, te los vas a tener que comer igual.

Acto seguido, agarró el plato de mi hermana lleno de fideos y se los volcó sobre la cabeza. Y le dijo:
-Para que aprendas a agradecer que tenés comida en la mesa. Ahora te los vas a comer del pelo.

No sé si mi mamá fue demasiado "dura" si comparamos los padres de ahora con los de antes. Pero nosotros sabíamos de límites, sabíamos con qué se podía joder y con qué no.
Nunca le hubiéramos dicho a mi vieja "Quiero un pantalón de 47ST, un celular con cámara, una Nintendo Playstation III con 45 juegos, unas zapatillas Vans..." La ropa se iba pasando de hermana a hermana, y la más grande (en este caso yo) recibía donaciones de las vecinas del edificio, madres de nenas más grandes que yo, que le pasaban la ropa que sus hijas no usaban más a mi mamá. Y se agradecía. Y estábamos contentas porque "era ropa nueva". Nunca dijimos "yo esto no me lo pongo porque lo usó la vecina". La ropa de las vecinas era mejor que la que mi mamá nos podía comprar.
Y crecimos felices, con chirlos, con tundas, con chancletazos en la cola, pero con mucho amor y reconocimiento cuando hacíamos las cosas bien.

¿Cómo creciste vos?

miércoles, octubre 15, 2008

A vos te voy a hacer cagar!!!

Martes, dos y media de la tarde. En Directorio y pasaje Craig, justo en la puerta de Correo Argentino, un flaquito bien "paqueadito" con un arma quiere sacarle la bicicleta a un transeúnte. No sé cómo se genera lo que vino después, sé que para cuando yo salí del correo ya se había juntado gente para ver cómo entre dos policías trataban de "ponerle los ganchos" a este flaquito al que le sostenían la cabeza contra el piso.

"Yo a vos te voy a hacer cagar, hijo de puta, soltame la concha de tu madre. Haceme una requisa, la puta que te parió, porque te voy a hacer cagar!!! Te voy a hacer cagar, hijo de puta!!!!"

Lombroso tenía razón. Hay tipos fisonómicos que dan para chorro y este daba: cara angular, pómulos que sobresalían, rostro quemado por el paco. Esa porquería los quema tan rápido que es más factible que se mueran por consumo que por una bala.
Pantalones culo cagado, zapatillas de pseudomarca compradas en algún reviente de Once o La Salada. Y el infaltable buzo con capuchita. Calculo que de tener celular, también escucharía reggaeton o cumbia.

Cuando yo estudiaba historia, allá por los 90, me peleaba con todo aquél que levantara un dedo acusador contra la gente de menores recursos. Decía que el sistema creaba las diferencias sociales, que ellos no tenían la culpa, que no había que discriminar a los más excluídos del sistema y sí darles una oportunidad de entrar, de pertenecer, pero con laburo, educación y capacitación. Que discriminar era fácil, que lo difícil era despojarse de los prejuicios y tratar de ser solidario para incluir a un excluído, dándole un trabajo, ofreciéndole un estudio -en mi caso de una lengua extranjera- y dale herramientas para que pudieran desarrollarse, conseguir un trabajo, poder salir de la miseria. Ser partícipes de la Movilidad Social.

Hoy, diez años después, me quedo impávida mirando a este flaquito que no se queda quieto y putea a los policías. Y pienso: "Flaco, saliste de fierro a afanar, te agarraron? Por lo menos tené la dignidad de morir en tu ley, bancátela, no grites como un perejil porque vos fuiste el machito que salió a robar, ahora bancátela!!". El pibe me clava la mirada y me dice "Y a vos también te voy a hacer cagar!!!".

Lo miré y le dije: "A mi?"
-Si, a vos! A vos te voy a hacer cagar!!!
-Jajajajajaja!!! Mirá como tiemblo, mirá como tiemblo!!
-No te rias porque te voy a hacer cagar!!!
-Jajajajaja, pelotudo, a quién vas a hacer cagar??? Andá a laburar, chorro de mierda!!!

Hoy no pienso como hace 10 años, principalmente porque los delincuentes no tienen más códigos. Hoy te apuñalan y te clavan una bala en el pecho si no tenés, si tenés, si no te resistís, si te resistís. Todo depende de cómo le haya pegado la porquería que sea que consumió antes de salir de caño. Y cada vez que pienso que tengo que salir a la calle y compartir el mismo espacio con esta "gente", me dan menos ganas de traer un hijo al mundo.
Porque no sé qué valores le voy a pasar, si allá afuera es una jungla. Porque las herramientas que yo le de no le van a servir. Porque si lo crio y después me lo mata un tipo como el de hoy sólo por sacarle el celular, la bicicleta, y sale a los 3 años por buen comportamiento, el Estado no me va a resarcir el dolor. Porque si a mí me mata un tipo como este, mi hijo queda huérfano en serio.
Y cada vez que pienso que trabajo para pagar un lugar donde vivir en Capital, que trabajo para pagar impuestos de Capital, que trabajo para empresas de Capital, mucho mas grosas y que pagan impuestos mucho más altos que los míos por estar radicadas en Capital, y comparto el mismo lugar que un tipo que no trabaja, que te roba y que te mata por nada en Capital, menos ganas de vivir en Capital me dan. Porque la Capital se llenó de gente que no sirve.Que no sirve hoy, que no va a servir mañana ni pasado, porque ya nacieron para no servir y para ocupar lugares en cárceles de porquería. Cárceles en las cuales, si se ponen media pila, pueden estudiar, terminar su secundario, estudiar derecho, comer gracias a que pagamos los impuestos las víctimas de sus atrocidades, salir y "regenerarse" y "ser de utilidad a la sociedad", mientras que uno para poder estudiar tuvo que trabajar.
Casos de gente "recuperada" en la cárcel hay bastantes, pero ojalá fueran así todos los que salen de un presidio.
Y todavía hay que escuchar a las madres, hermanas, concubinas, amantes, o lo que sea de los presos, decir que "los presos viven en condiciones infrahumanas".Y qué esperaban? Entrar a un hotel de la cadena Sheraton y que los recibieran con un baño finlandés? "Que no se respetan los derechos humanos de los presos". Perdón? Habría que respetarlos? Por qué? Acaso los que están privados de la libertad son premios Nobel de la Paz? Acaso fueron injustamente encarcelados por hacer obras de caridad? De qué derechos humanos estamos hablando, cuando ellos no respetaron los derechos humanos de otra persona? "Están en la cárcel para pagar por lo que hicieron". Si, y están para reflexionar y para arrepentirse, y para no volver a hacerlo más. "Es que después cuando salen no tienen oportunidades y vuelven a robar". La oportunidad se la hace uno. Si uno va a esperar que este gobierno le de las cosas servidas, va muerto. Si vuelven a robar y a matar es porque saben que la ley es flexible y porque pueden transgredirla las veces que quieran sin ser descubiertos. Y saben que, en el fondo, no pasa nada.
Y mientras tanto, los que pueden andan en autos blindados. Los giles que laburan andan en bici, en auto comprado en cuotas, en motito. Y los que no pueden, quieren pertenecer robándole a cualquiera de los que está arriba.

Argentina, cada día te quiero más. Y no digan que soy xenófoba, que soy una cerda burguesa y que tengo una vida acomodada y que por eso hablo así. A mi me costó mucho, y me sigue costando, estar en donde estoy hoy. Pago alquiler. No tengo casa ni auto OKm. Los ojos me lloran de estar delante de la pantalla trabajando hasta 16 horas por día. Y un pendejo de porquería me va a venir a robar a mi por la cagada que se mandaron sus padres por no tener la responsabilidad de traer un hijo al mundo? Yo voy a pagar porque gente que no sirve para nada no se pone un forro y llena las calles de pibes guachos y carentes de padres y familia? Por qué? Por qué si yo siempre estoy esperando a tener mis cosas para tener un hijo y que no le falte nada los demás no pueden hacer lo mismo? De qué tienen miedo? De que la Capital quede despoblada?

Estoy cansada, Señora Presidenta, de que los que estamos en el medio de la torta, que somos los que bancamos los delirios de los de arriba y somos blanco de robo de los de abajo, tengamos que ser el pato de la torta.En serio, empiece a hacer algo en cuanto a leyes porque asi nos vamos al tacho...

viernes, septiembre 05, 2008

Señor Juez (o José Luis Woloschin part II)


José Luis Woloschin Soto es un personaje que yo conocí en épocas de la revista Madhouse. Allá por el año 93 yo pasaba al menos una vez por la revista a dejar gacetillas de prensa, demos, hice algunas coberturas de recitales de bandas under, y conocí a este personaje siniestro. Hasta ese entonces vamos a decir que era un personaje, digamos que al estar con César Fuentes Rodríguez (una persona a quien yo estimaba mucho) por carácter transitivo José Luis Woloschin me pareció que era del mismo nivel ético o moral que este último.
De aquella época recuerdo a Lala Toutonián, a Frank Blumetti, a Olmedo (que hace bastante que está en la R&P), todos ellos gente macanudísima y para quienes nunca tuve palabras más que elogiosas por el trabajo que hacían.
Woloschin estaba en todas las conferencias de prensa, en todos los shows, ya sea coordinando o grabando con una cámara para el programa "Power 30", que conducía Fuentes Rodríguez por Much Music.

En el año 2002 lo cruzo de casualidad en la puerta de la embajada de Siria, en la calle Callao. Él sigue de largo y - como yo lo había reconocido - le digo "José Luis?". Lo que vino de ahí en adelante fue uma farsa tan, pero tan grande, que hoy no puedo creer que yo haya confiado tanto en este personaje.

Me dice: "Estoy trabajando en I-SAT. Estoy haciendo la parte de musicalización de cortos que van a salir al aire en el canal y necesito CD's originales para hacerlo, ya que cuando vos ponés un CD grabado en la máquina esta lo rechaza porque es pirata. El CD tiene que ser original. Y hoy me estoy moviendo con gente de aquella época que me está alquilando los CD's, la productora te paga $5 por día de alquiler".
Cabe destacar que yo trabajo para otra productora y sé, por gente que trabaja conmigo, que hay máquinas de edición muy sensibles que cuando detectan algo pirata simplemente no dejan que corra. Por lo tanto, no me pareció descabellado lo que este personaje me estaba diciendo.

La cuestión es que de Callao y Paraguay terminamos yendo al departamento en donde yo vivía en aquella época, en Palermo, en Bulnes y Paraguay. Yo, contentísima porque me iba a ganar unos pesos extras que me estaban haciendo MUCHA falta, le muestro todo lo que tenía, a saber:

1 Colección de Cd's de música brasileña de la Revista Noticias (en total, 24 Cd's que me servían para dar mis clases de portugués)
Metallica: Ride the Lighting, And Justice for all, Master of Puppets, Black Album.
Megadeth: Rust in Peace.
Iron Maiden: Fear of The Dark.
Whitesnake: Slip of the Tongue.
Angra: Angels Cry
Kiss: Revenge
Sepultura: CD de promoción firmado por la banda de "Roots"
Rolling Stones: Steel Wheels
Amr Diab: Nour el Ayn

Me están faltando algunos que ahora no recuerdo, en total eran 40 Cds que a $5 de alquiler por día me daban $200. Ya con que fuera sólo un día a mi me alcanzaba para pagar la mitad del alquiler!!!

La cosa es que Woloschin se lleva una parte ese día y me dice "si conocés a alguien que quiera hacer lo mismo que vos, avisame". Le pego una llamada al otro José Luis, mi ex marido, que en ese momento estaba desempleado y le cuento de la buena nueva. Y él, al tener conocimiento en técnica de TV, también cayó. Ergo, si a mí me cagó 40 cd's, vean todos los que le cagó a él:



  1. Paul Stanley solista.

  2. Kiss: Revenge

  3. Kiss: Dressed to Kill

  4. Kiss: Alive!

  5. Kiss: Destroyer

  6. Kiss: Unmasked

  7. Kiss: Love Gun

  8. Kiss: Rock and Roll Over

  9. Kiss: Dinasty

  10. Kiss: Hotter than Hell

  11. Kiss: Music from the Elder

  12. Iron Maiden: No Prayer for the Dying

  13. Iron Maiden: A Real Dead One

  14. Iron Maiden: Killers

  15. Iron Maiden: From Here to Eternity (maxi)

  16. Iron Maiden: Powerslave

  17. Iron Maiden: The Number of the Beast

  18. Iron Maiden: Iron Maiden

  19. Iron Maiden: Piece of Mind

  20. Iron Maiden: Somewhere In Time

  21. Iron Maiden: Fear of the Dark

  22. Van Halen: Fall Warning

  23. Van Halen: Van Halen

  24. Van Halen: Van Halen II

  25. Van Halen: 1984

  26. Van Halen: Diver Down

  27. Van Halen: F.U.C.K

  28. Van Halen: Women and Children First

  29. Judas Priest: Screaming Vengeance

  30. Judas Priest: Ram It Down

  31. Judas Priest: Painkiller

  32. The Royal Philarmonic Orchestra: Hits of Pink Floyd

  33. Insectos: Papeles por jugar

  34. La máquina de hacer pájaros

  35. Divididos: La era de la Boludez

  36. Mozart (banda de Hard Rock)

  37. Rick Wakeman: Return to the Centre of the Earth part II

  38. Charly García: Clics Modernos

  39. Seru Giran: La Grasa de las Capitales

  40. Queen: A Night in the Opera

  41. Varios: Eterna Bossa Nova

  42. The Best of Johann Strauss Jr. Vol. 1 y 2

  43. David Lee Roth: Crazy for the Heat

  44. Bruce Dickinson: Balls to Picasso

  45. A-ha: Hunting High And Low

  46. WASP: The Crimson idol

  47. Skid Row: Slave to the Grind

  48. Deep Purple: Perfect Strangers

  49. Deep Purple: Fireball

  50. Queensryche: Empire

  51. Suicidal Tendencies: Light, Camera, Revolution

  52. Infectious Grooves: Sarsippius Ark

  53. Infectious Grooves: The Plague that Makes your Bootie Moves.

  54. Anthrax: Live, the Island Years

  55. Carcass: Heartwork

  56. Quiet Riot: Metal Health

  57. Fight: War of Wars

  58. Sepultura: Roots

  59. Memphis La Blusera: compilado

  60. Seal: Seal

  61. Jean Michelle Jarre: Oxigene

  62. Jean Michelle Jarre: Chronologie

  63. The Almighty: Crank.

La cosa no termina ahí.


Llevo al garca a la casa de mi ex marido y en un bolso de viaje se lleva TODOS los CDs. No conforme con eso, me dice que al día siguiente me va a llamar para decirme cuándo me devolvería mis CDs, que para esa altura ya llevaban 3 días supuestamente en un box en la productora I-SAT. No sólo no me llamó, sino que tuvo el celular apagado hasta el lunes, que me dice que tiene que ir a La Plata a firmar unos papeles de una sucesión de una casa porque la madre se había muerto y ya con eso él recibiría mucha guita, pero que no tenía para pagar unos timbrados. Ergo: viene a Shell, empresa en donde yo daba clases justo un día que yo había cobrado una plata y se lleva la friolera de $250 (en ese momento, recuerden, yo pagaba 400 pesos de alquiler). Que él necesitaba sacarse de encima ese tema de la sucesión para poder volver a la productora, concentrarse con su trabajo y devolverme los CDs lo antes posible.


Nunca más lo vi. Cuando le pedía los CDs por e-mail se hacía el ofendido, diciéndome que cuál era el apuro si en mi casa se estaban cagando de la risa, que él me los iba a devolver, que no era un chorro. Le puse que más allá del valor monetario que alguna vez tuvo, porque me acuerdo de cada CD que compré por haber trabajado para poder hacerlo, más que nada los quería de vuelta por el valor sentimental que tenían para mí. A mi ex marido creo que le contestó algo peor que eso...


La cosa es que este sujeto no sólo me cagó a mí y a mi ex, también lo quiso cagar a Fabián de La Torre y este, que es abogado, fue más vivo que todos nosotros y le inició un proceso por estafa. Creo que, si mal no recuerdo, también cagó a Gustavo Rowek con cosas de V8 que ya no se consiguen más. Fabián es el que está más al tanto de eso porque él reunió a varios estafados y creo que este siniestro personaje tenía, al momento de cagarlo a Fabián, varias denuncias o procesos por estafas. Y la lista de perjudicados es interminable...


Si alguien también pasó por algo parecido, puede mandar un e-mail (no es joda) a woloschin_me_cago@live.com para ver cuántos somos y ver si podemos hacer algo en conjunto.


Subjetividad

Mi viejo fue una de esas personas inentendibles e inexplicables. Los alumnos lo adoraban, lo alababan, lo aplaudían al entrar a un curso. Era un tipo muy querido y reconocido, creo que hoy hasta después de muerto lo sigue siendo. Pero a nivel personal lo único que me dejó fue la frase que desde hace dos años encabeza este blog: "en la vida no todo es blanco o negro". Y me dijo: "tenés que aprender a ver los matices", como buen artista plástico que fue.

Con mi viejo aprendí valores por contraposición: por cada vez que me dio vuelta la cara y me dejó en bolas en la calle, yo ayudé tres veces a gente que estaba en la misma condición en la que él me había dejado. En cada ausencia en momentos claves, puse presencia y hombros en donde otros pudieran llorar.

Yo sabía que mi viejo tenía matices, pero no pensé que fueran tantos. Es decir, no pensé que sus silencios fueran un despropósito tan grande a tal punto de dejar a todo lo que alguna vez fue una familia disfuncional en cortocircuito. Quién sabe qué motivos tuvo para callar, esconder, crear confusión... es el día de hoy que trato de entenderlo y no puedo. Y cuando me excede el pensamiento, duermo para olvidar.

Es posible que mucha gente lo recuerde como el maestro Giacchetti. El maestro Adrián Giacchetti. Puedo, y creo que aún tengo derecho por llevar (lamentablemente para algunos) el apellido Giacchetti, de decir que como profesor fue el mejor. Que como artista plástico fue excelente, que no hace falta mucha inteligencia para darse cuenta de que las manos expresivas que él lograba en sus grabados no las logró nadie. Puedo también decir que los pocos momentos de felicidad fueron eso, pocos momentos, dentro de los cuales están el día de mi juramento como profesora y el día que se le perdió la cámara en Reta. No voy a detallarlo acá porque lo vivimos sólo tres personas: él, Adriana y yo. Y ese es, de los recuerdos, el más lindo que conservo. El día de mi casamiento fue emotivo, pero no tanto, porque como mi viejo odiaba a mi vieja terminó yéndose antes. Bastante hizo su egoísmo para aguantar durante ese día...

Mi viejo fue un grande en lo suyo y también fue déspota y egoísta cuando pudo. Fue un militante revolucionario para el afuera y muchas veces fue el Führer en casa. Amigas de aquellos tiempos se acuerdan vívidamente de algunas palizas que yo no recordaba... En fin, en su momento mi viejo me pidió perdón por esas cosas, pero el perdón para el cristiano es "me confesé, recé 4 ave marias y ahora puedo seguir pecando". No sirvió de mucho, más que para hacerme recordar cosas feas y llorar adelante de él como una nena de 4 años. Gracias a Dios tengo amigas que no me dejan mentir porque ellas presenciaron algunas de esas sesiones de sadomasoquismo que quizás sólo le diera placer a él, porque juro que a mí no me gustaba que me cagara a palos por cualquier cosa.

A veces me encuentro preguntándome por qué la gente trae hijos al mundo...

El título "Subjetividad" se refiere a eso. Ojalá que el día que yo me muera la gente hable tan bien de mí como lo hacen de mi viejo... Pasa que los que hablan bien sólo lo conocieron en el "afuera" o es su segunda familia, que él formó en otro momento de su vida, quizás más tranquilo y habiendo bajado 300 cambios. Quizás ellos sí sientan su ausencia porque lo tuvieron. Yo no lo tuve. Y las pocas veces que lo tuve no fueron días para recordar con nostalgia, a no ser el día que me dijo lo de los matices. En eso tuvo razón. Fue la única frase que me dejó como enseñanza. Tal vez a otras personas les haya dejado más, y les haya dejado recuerdos lindos y momentos compartidos hermosos. Brindo por ello, porque en algún punto se dio cuenta por donde pasaba la historia. En eso pudo haber evolucionado como ser humano con la gente nueva que entró en su vida... Pero con el pasado nunca se reconcilió completamente. Siento que siempre hubo algo en su relación conmigo que le provocó rechazo, desde chica, vaya una a saber por qué...

Por eso, antes de hablar de la hija de Giacchetti, hay que lavarse muy bien la boca porque el que está hablando no conoce toda la historia. O conoce lo que mi viejo quiso dar a conocer, que es diferente de lo que me contó a mí y por eso me ponen, me pusieron y me pondrán bajo la lupa.
No juzgo a quien lo hace, simplemente me da pena que se informen tan poco antes de levantar el dedo acusador. O de levantar la mano en un acto de atrevimiento peor que el que yo pude haber tenido yéndolo a ver en su lecho de muerte. Ellos, lamentablemente, no tienen ni idea de lo que yo hablé con él antes de que muriera, por eso actúan así.


Era hora de postear esto. Me cansé de que me paren en San Martín preguntándome por qué esto, por qué lo otro, por qué aquello. Mis respuestas no le cambiarán la vida a nadie y realmente mi vida no es el piso de Intrusos en el Espectáculo, pero siento que mi silencio deja via libre para que todos alaben al muerto sin siquiera haber convivido durante los peores años con él. El que lo alaba no tiene la menor idea de lo que fue vivir eso.

jueves, agosto 21, 2008

JOSE LUIS WOLOSCHIN SOTO

Nunca, pero nunca te olvides, JOSÉ LUIS WOLOSCHIN SOTO, que junto con los CD's que me robaste y la plata que me sacaste se fueron recuerdos de toda mi vida, esfuerzo para juntar la plata para comprar aquellos CDs. Se fue mi adolescencia, el único CD que me regaló mi viejo, el CD con que mi ex-marido me recibió al entrar en lo que era nuestra casa después de nuestra luna de miel. Te llevaste mis mejores recuerdos, te llevaste parte de mi historia y por más que esté poco a poco recuperando los CDs, algunos ya inconseguibles o que no volvieron a editarse, el valor afectivo que tenían los que te llevaste vos NO VUELVEN.
JOSÉ LUIS WOLOSCHIN SOTO, si te agarro en la calle no seré dueña de mis actos a pesar de todo el estudio que tengo, a pesar de toda la paciencia budista que alguna vez me caracterizó y a pesar de mi racionalidad en momentos de presión. Yo te juro que te cruzo en la calle y por más que sea mujer te reviento a trompadas, porque no puedo pedir justicia, porque las únicas pruebas que tengo son e-mails tuyos en donde me decías que un día me ibas a devolver mis cosas.
Sos el sorete más grande que conocí en mi vida y ojalá, JOSÉ LUIS WOLOSCHIN SOTO, veas esto en Internet y te des cuenta de que sos un enfermo cleptómano que vive de lo que le roba a la gente. Y si te da la cara después de haber cagado a tanta gente, salí a la calle con la frente en alto y bancate la que se te venga porque GARCAS como vos no tendrían ni que caminar por la calle.

miércoles, mayo 28, 2008

Banderas celestes y blancas

Me gustaría que llegara el día en que el dueño de un auto decidiera embanderar su auto porque es 25 de Mayo y que no le importara lo que el de al lado pensara. Y que el de al lado, viendo que su vecino embanderó su auto, comprara una bandera como la suya o quizás más grande para colgarla del balcón. Y que la vecina de éste, que es medio chusma y no tiene vida propia, no quisiera quedarse atrás y comprara dos sábanas celestes y una blanca, las cosiera a máquina y la colgara del balcón del segundo piso.
Me gustaría que llegara el día en el que todos los que tienen autos y balcones embanderaran sus pertenencias y dijeran "No hay mundial, pero estoy orgulloso de ser argentino". Y que ese orgullo por los colores patrios nos llevara a pensar en que cada uno de nosotros somos importantes para el resto, para el argentino de al lado, para el vecino. Que pensáramos que nuestras acciones pueden hacer la diferencia, siempre y cuando se piense en el prójimo. Y que las banderas se fueran multiplicando y cubrieran la ciudad con los colores del cielo, y que en cada cada hubiera una familia, con sus hijos, salieran a la terraza y al ver los techos en celeste y blanco exclamaran con el pecho inflado de orgullo "Soy feliz porque soy argentino". Y que al entrar a casa los niños tuvieran un plato de comida caliente, sus útiles, sus libros, a su madre que se puede ocupar de ellos, y a su padre con trabajo. Que al otro día en la escuela, en vez de desconfiar del compañerito de al lado porque sospechan que tiene un arma, los chicos pudieran contarle a la maestra qué lindo que lo pasaron al ver toda la ciudad llena de banderas.
Me gustaría que la Argentina fuera más que una promesa. Me gustaría que fuera una realidad. Me gustaría que fuera justicia, pero esto es lo que hay. Me gustaría que los derechos humanos sean para todos los humanos, inclusive para los que somos derechos. Que el derecho a un techo digno no sólo sea slogan de campaña y destinado a la gente con menores recursos, porque en el medio del sandwich hay una enorme clase media que no se siente ni de aquí ni de alla, que paga alquileres abusivos, préstamos encadenantes y opresivos para dentro de 20 años - con suerte - dejarle un deparamento de 2 ambientes a su único hijo. Me gustaría que la Argentina no fuera la Argentina que ve la presidenta y el INDEC, ni la Argentina del campo explotado. Me gustaría que los que más ganan no paguen más para mantener un sistema político, para mantener planes sociales para gente que no trabaja ni quiere trabajar, para destinar recursos a hospitales que nunca tienen recursos ni los van a tener, para pagar una revista oficialista. Quiero que los que más tienen paguen lo que le corresponde, no que paguen más, porque sino se castiga al que con esfuerzo, con ideas, con creatividad, con contactos, con trabajo consiguió un buen pasar para él y para su familia. Me gustaría que no fuera una Argentina necia, sí una Argentina que estimula los pequeños emprendimientos, las ideas y las innovaciones. Pero es más fácil dar planes sociales, como si con eso le pusiéramos un parche a la dignidad perdida.
Me gustaría que, así como pasó con las banderas un 25 de mayo, las buenas acciones fueran contagiosas. Que la verdad fuera contagiosa. Que los buenos ejemplos, los buenos sentimientos fueran contagiosos. Pero sólo me queda decir que estamos en la Argentina, y lo único que tenemos que nos hermana y nos hace llorar es una bandera, una escarapela y un himno. Y no nos hace llorar por chauvinistas. A algunos nos provoca llanto sólo de pensar que allá por 1800 hubo gente "loca" que quiso un país diferente, que luchó por un ideal, y hoy ese ideal es papel higiénico y todos son arreglos políticos y económicos. A nadie le interesa nada. Todos quieren esconder los problemas debajo de la alfombra. Nadie da la cara. La presidenta se escapa. Las reuniones se cancelan por egos inflados. Esto es Argentina. Un país que tuvo, tiene y tendrá todo para ser un país próspero y es esto, un mix de idioteces y falta de cultura que nos va a llevar a la ruina si seguimos eligiendo los gobernantes de esta manera, y mirando impávidos cómo nos roban las esperanzas día a día.

lunes, mayo 19, 2008

Elecciones

Una vez íbamos caminando por una calle de Mar del Plata Dany, Mike y yo. Fue en un verano de sólo 3 días de vacaciones en el que me quedé más en la casa de los chicos que en la casa de mi vieja en Santa Clara del Mar. Creo que pasé por la casita una tarde para ver cómo estaba todo, tomé un poco de sol en el jardín, me tomé el colectivo y me fui a Mardel. No me gusta estar sola.
Pero vuelvo a la caminata. La calle era cuesta arriba, de esas calles empinadas que hay en la Feliz. Una parte de la vereda estaba transitable; la otra, llena de piedras y escombros por una obra reciente. Dany iba por la parte transitable. Yo, por la parte de las piedras.
En eso caigo y le digo: "¿Te das cuenta? Yo siempre eligiendo el camino más difícil".

El problema no es elegir el camino difícil o el más fácil. El problema está en hacerse cargo de las acciones, de las decisiones y de las elecciones hechas.

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Escorpio

El Escorpio es un signo intenso con una energía emocional única en todo el zodiaco. Aunque puedan parecer tranquilos, los Escorpio tienen una agresión y magnetismo interno escondidos dentro. Son afables, buenos tertulianos, reservados y corteses, pero aunque parezcan estar algo retirados del centro de actividad, en realidad están observando todo con su ojo crítico.

El Escorpio es tremendamente poderoso y su carácter puede causar enormes beneficios o grandes riesgos para los demás. Su tenacidad y fuerza de voluntad son únicas pero sin embargo son muy sensibles y fácilmente afectados por las circunstancias que les rodean. Son emocionales y fácilmente heridos o aludidos. De hecho pueden perder totalmente el genio al percibir, incluso erróneamente, que alguien les ha insultado. No saben morderse la lengua y pueden ser muy críticos.

Si un Escorpio logra utilizar su enorme energía de forma constructiva, es un gran activo para la sociedad y se puede convertir en un gran líder. No obstante, los Escorpio deben aprender a controlarse, porque pueden llegar a ser demasiado críticos y resentidos con los demás. Son excelentes amigos.

Los Escorpio son muy imaginativos e intuitivos y tienen una gran capacidad para analizar situaciones y personas. De todos los signos del zodiaco son los que más probabilidad tienen para convertirse en genios siempre y cuando controlen su lado negativo porque si toman el camino equivocado pueden ser muy destructivos hacia ellos mismos y hacia otras personas. Deben intentar evitar sensaciones como la arrogancia, la agresión y los celos, porque si se rinden ante tales sentimientos negativos, tal es su fuerza para sentir intensamente que pueden perder el control.

Escorpio y el trabajo
Dado su capacidad para casi todo, los Escorpio pueden en teoría triunfar en casi todo. Son buenos médicos, científicos, policías, detectives, abogados y escritores. Pueden ser buenos oradores, predicadores y diplomáticos. En realidad, si un Escorpio se aplica y controla su lado negativo, su futuro profesional no tiene límites.

Escorpio y las relaciones personales
El Escorpio es el símbolo del sexo, y los Escorpio son personas muy apasionadas y sensuales. Para los escorpio, el acto del amor es un acto espiritual y son capaces de sentir cosas que otros signos nunca logran. Su intensidad de sentimientos hace que sus relaciones amorosas sean profundas, mágicas y, a veces, trágicas.
Cuidan mucho a sus amigos, aunque si alguien les traiciona es difícil recuperar su amistad y confianza.

Juro que intento controlar el lado negativo, pero si me buscan una, dos, tres, cuatro veces me van a encontrar. Y después no me vengan con que estoy loca y que veo cosas en donde no las hay...

Nesse signo convém não mexer demais.

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Cuestionario N º 1209569045

Lo importante: no olvidarse de cerrar la llave de gas antes de salir de casa.
Lo indispensable: el mate al lado de la computadora.
Lo prescindible: el chamullo.
Lo imprescindible: estudiar y abrir la cabeza cada día un poco más.
Lo peor: pensar que hay una sola verdad.
Lo mejor: reconocer los errores y tratar de no repetirlos. Estoy en eso.
El sentimiento más lindo: todo aquel que sea recíproco y genere momentos inolvidables.
El sentimiento más feo: el odio, pero no pierdo el tiempo en odiar a la gente.
Algo que te "enfríe": dos cosas. Las faltas de ortografía y los tipos que escupen.
Algo que te "caliente": A lot of things.
Algo que te gustaría hacer y que aún no has hecho: Hay una larga lista de cosas locas. Una de ellas puede ser hacer parapente, otra es tirarme en paracaídas, otra es manejar a 130 Km/h en una ruta desierta sin rumbo conocido, otra es fumarme alguna yerba y subirme a una montaña rusa de bajón, viajar a Cuba, ir a Europa, tener mi Chevy...
Algo que hiciste y que te arrepientas: Hum... tá difícil. Qué es el arrepentimiento? Decir "me arrepiento" y volver a equivocarse?
Algo de lo que no te arrepientas: de haber vivido lo bueno, lo malo, lo lindo y lo feo a full.
Algo que le dirías a "esa" persona: "Fue bueno mientras duró". Y se aplica a todas las personas independientemente de lo que nos haya llevado a separarnos.
Un lugar que te gustaría conocer: En orden de aparición: Egipto, Siria, Italia, España.
Una palabra que ames: "Anche" en italiano.
Una frase preferida: "Usted es un maleducado". Usándola bien deja mal parado a cualquiera que se venga a hacer el vivo.
Una palabrota: puteo en portugués para que no me entiendan. FODA-SE.
Una profesión que te hubiera gustado ejercer, además de la tuya: Perito forense, arqueóloga, médica legista.
Una profesión que nunca ejercerías: empleada de Burger King.
Un sonido o ruido que ames: el de un motor V8 de Chevrolet o el de una Harley. Hay otros sonidos que amo pero no viene al caso ponerlos acá.
Un sonido o ruido que odies: el de cualquier animal llorando por frio, por hambre, por lo que sea. Me desespera.
Si el cielo existe, qué esperás que te diga Dios al llegar a las puertas del Cielo?: Te estamos esperando para hacer una zapada. Trajiste la guitarra?

sábado, mayo 17, 2008

Whitesnake

Aquí estoy nuevamente, esta vez para contarles que me fui a ver a Whitesnake al Luna.
Pero antes de pasar a redactar mi reseña, les cuento que al acceder al blog me encuentro con este post del sistema:

Arreglos Recientes
14 de mayo de 2008 — vínculo perm.
Publicado por Pete

Aquí tienes un breve resumen de las últimas mejoras y modificaciones que hemos hecho en Blogger:* Los Diseños ahora tienen un blog.nombredelapágina, dato que le da el nombre de la página actual sin el "[Nombre del Blog]": se añade el prefijo blog.títulodelapágina.* En la configuración de la imagen, opcionalmente se puede enlazar una URL de destino a la imagen...


Perdón, yo sé que Pete en inglés es "Pit" o "Peter" o Pedro, para decirlo en criollo. Pero no sé por qué extraña razón se me cruzó por la cabeza la situación de estar con alguien que se llame "Pete" y que se generen situaciones curiosas, como comentarios así:


"Con Pete las cosas son diferentes"

"Pete es bueno"

Sin contar que en Córdoba le agregarían el artículo antes del nombre.

"El Pete se puso como loco"

"El Pete es de fierro"

"El Pete levanta a cualquier muerto" (por decir que Pete salda las deudas de los amigos)

Y hablando de deudas, conozco a más de una que tienen un amigo Pete que las salva de cualquier intimación de desalojo.


Dicho esto, paso a detallar mi día 15 de mayo. Esta es mi cara antes de salir de casa:

Si, señores. Con entrada en la mano y una sonrisa gardeliana me dispongo a salir de casa pensando que al día siguiente las obligaciones me consumirán gran parte de la jornada. Agarro la riñonera y le cargo la cámara de fotos. Después pienso... "Y si me cachean a la entrada?" Mejor me fijo si se puede llevar cámara. Y luego pienso "pero Adriano, en Brasil, sacó fotos de Maiden, de Whitesnake... ¿por qué acá no?".

Dicho y hecho, en el reverso de la entrada figuraba un ítem que especificaba la prohibición de portar cámaras de fotos y video.
Desesperación total. Ahora, ¿quién podrá ayudarme? You Tube!!! Si!!!. Entré y me fijé si alguien había subido videos del show del día anterior, y como en efecto había, decidi llevar la cámara.

Bueno, tengo cámara con pilas cargadas, puchos, caramelos de miel y menta, la cédula, 20 pesos, la entrada. Está todo.

Me tomo el subte en Jose María Moreno. Pero yo tengo tanta suerte para la desgracia que se rompe la caja de cambios de la formación y me terminé bajando en la estación Pichincha para tomarme el 126.

Llegué al Luna justo cuando estaba tocando "La Carga", que para quien no conozca a la banda la Rock & Pop los calificó como los "Deep Purple" argentinos. El show estuvo bueno, a pesar de que yo sólo conocía dos de los tantos temas que tocaron. La banda regala unas remeras de Deep Purple del último recital, agradece, se baja y un flaco del público comienza a gritar:


"DAAAAAAAAAAAAAVIIIIIIIIDDD, DALE PAPÁAAAAAAAAAA!!!"

"DAAAAAAAAAAAVIIIIIIIIIDDD, SALÍ A TOCAAAAAARRRR!!!!"



El "David, dale papá" me mató.

"Esperé casi veinte años por este momento". En eso, un flaquito que estaba al lado mío me pregunta con acento mediterráneo a qué hora empieza el show y si voy a sacar fotos, porque le gustaría que se las mandara. Lucas, así se llama el flaco, vino de Córdoba especialmente para ver a Whitesnake y a la salida del recital lo espera el último servicio de Chevallier que lo llevará a su ciudad.
Si no fuera por Lucas, yo tendría la mitad de las fotos. Es bueno conocer a gente alta que te pueda sacar fotos en un recital =)



Y se hizo la luz. Después de los dos primeros temas en los que salté porque mi alrededor saltaba (fue una locura treintañera, no un pogo Sepulturero del cual ya participé a los 20 años) y de asesinar a mi pobre garganta, le pude sacar una foto de frente a Coverdale. No es esta, obviamente, porque para colmo de males mi cámara tarda en disparar el flash y cada vez que lo tenía "ahí" para fotografiarlo, se daba vuelta y lo agarraba de espaldas. Le habré sacado unas 15 fotos de espalda, hasta que se quedó quieto para "The Deeper The Love" y acá lo tienen al gran David.






Señores, amigos, amigas. La espera valió la pena desde el primer acorde hasta el último. Mientras el show pasaba, mientras los temas pasaban, por mi cabeza pasaban mis 13 años cuando escuché por primera vez "Is This Love" y "Here I Go Again", mis 15, cuando me empecé a comprar los casettes de Deep Purple y Whitesnake del viejo (Burn, Stormbringer, Lovehunter, Slide It In). Las noches de Halley en la calle Corrientes y toda la época del secundario.

El guitarrista no es como John Sykes, ni como Adrian Vandenberg, y menos como Steve Vai pero respeta bastante los lineamientos de los temas. Y esa Gibson dorada me mató!!!!

Con el correr del recital, aparece Coverdale y dice:

"Where is the cock?". Nótese que el tipo no dijo "Couck", que sería la fonética de "Coke" (Coca Cola). Lo dijo en un inglés clarísimo. Cock. Que para aquél que no sepa, significa "polla" en español. O pija en porteño. Pero "Cock" también significa "Gallo", por lo tanto fue un "trocadilho" en portugués, o un "juego de palabras" en español.

Repite.

"Where is the Cock?". La turca responde: "Vení que yo te muestro donde está la Cock".


Coverdale se vuelve hacia un lado del escenario y le alcanzan una de esas gallinitas de cartón en las que tirás de la piola y emula el "cocorocó" de un gallito. Supongo que la habrán comprado en la calle Florida.

David dice: "Here's the cock". Y tira del piolín. Se caga de la risa.

La sed comienza a hacer estragos. El cocacolero pasa por abajo y Coverdale le pide una Coca que saborea con gusto. El cocacolero le pide que le pague y Coverdale le dice que no tiene plata.


El recital pasó demasiado rápido. Me hubiera encantado que tocaran temas de los viejos, de antes de 1987 (si bien hicieron "love ain't no stranger" hay temazos en los discos anteriores como "Don't break my heart again"). Buenos los covers de Deep Purple, "Burn" y "Stormbringer".
Como último comentario, me gustaría aclarar que no fui a ver a David Coverdale porque me pareciera un papucho. Fui a ver a Whitesnake. Siempre escuché a las bandas por la música, por el guitarrista, por el baterista, por el bajista, por el sonido en general, pero nunca por babosa (si hubiera sido babosa sólo habría pagado la entrada para escuchar "Is This Love" y por la vuelta de los lentos, pero no). Pero el viejo, con sus 50 y pico a cuestas, tiene ese "no sé qué" que te lleva a no sacarle los ojos de encima. Y se lo comenté a Lucas, no podía dejar de mirarlo. Y me pasa a los 33 años... qué vergüenza.
Bueno gente, les dejo la foto del final y me voy a manducar un Burger.



domingo, mayo 04, 2008

Wasting love

Maybe one day I'll be an honest man
Up till now I'm doing the best I can
Long roads, long days, of sunrise, to sunset
Sunrise to sunset
Dream on brother, while you can
Dream on sister, I hope you find the one
All of our lives, covered up quickly by the tides of time
Spend your days full of emptiness
Spend your years full of loneliness
Wasting love, in a desperate caress
Rolling shadows of nights
Dream on brother, while you can
Dream on sister, I hope you find the one
All of our lives, covered up quickly by the tides of time
Sands are flowing and the lines are in your hand
In your eyes I see the hunger,
and the desperate cry that tears the night.

Iron Maiden, Fear of The Dark
Domingo triste y de trabajo.
Frase del día: "La Turca en piloto automático"
Banda de sonido de hoy: popurrí de canciones que me gustan, pero nada demasiado heavy.
Pensamiento del día: Mañana comienzo a abrir las puertas.
Pensamiento recurrente: "No voy a decir que no merezco esto porque es probable que lo merezca, pero no lo quiero" (By Julieta Venegas)
Bonus Track: Realmente cansada de ser yo en este momento. Ya pasará.

PD: Mir, no me estoy pareciendo a L...? Help me please!

"En la vida no todo es blanco o negro, pero hay matices que te matan"